Nesta terça-feira (2), uma criança de cinco anos faleceu após cair de uma altura de aproximadamente 35 metros do edifício conhecido por Torres Gêmeas, próximo ao Cais de Santa Rita, na área central do Recife. De acordo com a polícia, a vítima chegou a ser socorrida para o Hospital da Restauração, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo o perito André Amaral, a criança saiu do 5º andar e subiu de elevador até o 9º andar. Em seguida, ela foi para a área onde ficam os condensadores de ar, subiu em um deles e caiu.
De acordo com a polícia, o primeiro atendimento à vítima foi feito pela mãe e por um médico que mora no edifício, no momento ela ainda estava viva. O SAMU chegou a ser acionado às 13:23, mas quando chegou o menino a já estava sendo encaminhado ao Hospital da Restauração, no bairro do Derby, zona central do Recife. Miguel não resistiu e morreu ainda no caminho.
Segundo o perito André Amaral, do Instituto de Criminalística, as câmeras de vigilância do prédio registraram imagens da criança saindo sozinha do quinto andar do prédio, pegando o elevador e chegando ao nono andar. Na sequência, Miguel teria se dirigido ao hall de máquinas, área comum onde ficam localizados os condensadores dos ar-condicionados daquele pavimento. Esta é a única parte do prédio que não é protegida por telas, e foi de onde a criança caiu.
“Constatamos alguns elementos materiais que mostram que se trata de uma natureza acidental. Os vestígios que encontramos foram no hall de serviço, precisamente na casa de máquinas, na parte dos condensadores de ar-condicionado, onde tinha uma grade que se caracteriza em um tamanho aproximado de 1,2 metro, que é exatamente a altura da vítima. Ela se projetou, fazendo uma elevação nessa instalação”, afirmou o perito André Amaral. "Na grade, que é de alumínio, se percebe que tem uma marca, e houve uma quebra da quarta aleta".
De acordo com a perícia, a porta do nono andar e a janela já estavam abertas quando Miguel acessou o local. "A área de acesso estava aberta, a janela não tinha proteção, mas não era uma coisa comum uma criança ter acesso sozinha aquele trecho”, comenta André Amaral
“A questão de ele ter subido lá ainda não se sabe, talvez tenha saído, procurando a mãe. Eu sei que ele chegou até o nono andar. Tem imagem dele até o nono andar, ele desce (do elevador) e segue para o hall, exatamente onde tem a parte dos condensadores. No elevador ele estava sozinho. Na casa, só a investigação policial vai dizer mais elementos”.
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