terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

São Paulo tem primeiro caso de coronavírus .

SÃO PAULO

O Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde confirmaram o primeiro caso na capital paulista de coronavírus em uma pessoa vinda da Itália.

Segundo o ministério, trata-se de um homem de 61 anos, que passou pelo Hospital Israelita Albert Einstein (zona sul), que nesta terça-feira registrou a notificação de caso suspeito da doença.

"No atendimento, o hospital adotou todas as medidas preventivas para transmissão por gotículas, coletou amostras e realizou testes para vírus respiratórios comuns e o exame específico, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde", diz o ministério. "Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, o Instituto Adolfo Lutz, para contraprova. Este processo de validação dos resultados está em curso e o Ministério da Saúde divulgará o laudo final da investigação oportunamente", afirma a nota. 


     
Segundo o ministério, o homem traz histórico de viagem para a Itália, na região da Lombardia (norte do país), à trabalho, sozinho, no período entre 9 de fevereiro e a última sexta-feira (21).

A Itália registrou nesta terça (25) a 11ª morte pelo novo coronavírusAs principais regiões atingidas são o norte e o nordeste do país.. 

"[Ele] iniciou com sinais e sintomas [febre, tosse seca, dor de garganta e coriza] compatíveis com a suspeita de doença pelo coronavírus 2019 [covid-19]. O paciente está bem, com sinais brandos e recebeu as orientações de precaução padrão", diz o ministério. 

A Itália, juntamente com Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Alemanha, França, Iran e Emirados Árabes Unidos, entraram na relação de locais de origem ou transição definitiva definida pelo Ministério da Saúde para pessoas que chegam ao Brasil com sintomas respiratórios.

"A mudança levou em conta o aumento de casos registrados fora do território chinês. As orientações foram replicadas pela secretaria para as regiões do território paulista", diz a secretaria estadual.

Segundo balanço divulgado na tarde desta quarta pela gestão João Doria, são quatro casos com suspeita da doença no estado e todos são adultos. Um deles mora em Bauru (329 km de SP) e veio do Japão. Os outros dois estão na capital, um vindo do Japão e o outro com passagens por China e Coreia do Sul.

Até o momento, o estado descartou os 26 suspeitos descartados para  covid-19. No restante do Brasil também não há nenhum caso confirmado.

"É fundamental procurar o serviço de saúde mais próximo se a pessoa apresentar sintomas como febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza, associados aos seguintes aspectos epidemiológicos: histórico de viagem em área com circulação do vírus [consulte os sites indicados no final do texto], contato próximo caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para o vírus", afirma a nota.

“As equipes de vigilância seguem atentas para realizar respostas rápidas e efetivas quando necessário”, diz a diretora da Vigilância Epidemiológica, Helena Sato. 
 

Dicas de prevenção

  • Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
  • Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;
  • Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
  • Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde

OMS pede ao mundo que se prepare para uma “potencial pandemia” por coronavírus

“Temos que fazer todo o possível para nos prepararmos para uma potencial pandemia.” O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, assumiu nesta segunda-feira que muito provavelmente o que hoje é uma epidemia, o Covid-19 ou coronavírus de Wuhan, transforme-se em algo maior. “Não podemos paralisar o mundo, e não é realista dizer que é possível parar a transmissão entre os países. Provavelmente haverá epidemias em vários, mas pode ser contida”, afirmou Michael Ryan, diretor do Programa de Emergências do organismo internacional.

cenário mudou rapidamente em poucos dias. Passou-se de uma situação em que se observava como os casos na China pareciam ser contidos e como no resto do mundo as infecções eram muito escassas a outra com surtos descontrolados na Itália, na Coreia do Norte e no Irã. Ghebreyesus ressaltou que os surtos podem ser contidos e que o cenário continua sendo de epidemia, tanto pelo número de casos como de mortes fora da China. Ao mesmo tempo, no entanto, pediu que os países e comunidades se preparem para a propagação do coronavírus. “Não é uma questão de branco ou preto, de sim ou não. Cada país tem que elaborar seu próprio plano de contenção de riscos. As prioridades são a proteção dos profissionais de saúde, a mobilização das comunidades para ter um cuidado especial com os idosos e com as patologias [elas as quais houve mais de 80% das mortes até agora] e a proteção dos países mais vulneráveis, contendo a epidemia nos que podem fazê-lo.”

A nova situação ainda é uma incógnita, e cada minuto conta. O simples fato de conseguir atrasar a chegada aos países do norte por algumas semanas pode significar um grande alívio, disse Ryan, já que a gripe estacional estará diminuindo e os sistemas de saúde estarão mais liberados dessa carga para poder atender os possíveis doentes do Covid-19. “Não podemos saber o que vai acontecer, se [a epidemia] será contida ou se transformará numa doença estacional”, afirmou.


Na coletiva quase diária que as máximas autoridades da OMS concedem à imprensa para informar sobre os últimos detalhes do vírus, foram apresentados também os resultados da visita de especialistas a Wuhan, o epicentro do surto, para analisar o panorama. A boa notícia é que ali a situação não saiu do controle e que as cifras continuam estáveis. A sequência genética do coronavírus também segue estável e o tempo de recuperação oscila entre duas semanas (nos pacientes mais leves) e três a seis semanas (nos mais graves). A proporção de mortes, atualmente, está entre 2% e 4% em Wuhan e em cerca de 0,7% fora de lá.

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