Um adolescente e um homem encapuzados mataram oito pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), por volta das 9h30 desta quarta-feira (13), e cometeram suicídio em seguida.
Quatro dos mortos são alunos do ensino médio. Outros dois adolescentes chegaram socorridos, mas morreram no hospital. Entre as vítimas, há ainda dois funcionários do colégio, um deles a coordenadora.
Resumo :
Ataque a escola em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, deixou oito pessoas mortas; os dois assassinos se mataram.
As vítimas ainda não foram identificadas.
Os autores do crime são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25 anos.
23 pessoas foram levadas a hospitais. Entre elas, há feridos e outras que passaram mal após o ataque.
Ainda não se sabe o motivo do ataque e o vínculo dos autores com a escola.
Uma testemunha disse que viu um deles com arma de fogo e outro, com uma faca.
A PM encontrou no local um revólver 38, uma besta (um artefato com arco e flecha), objetos que parecem ser coquetéis molotov e uma mala com fios.
Antes de os autores do ataque entrarem na escola, os assassinos balearam um homem em uma loja de automóveis nas proximidades.
Os assassinos chegaram à escola alvo do ataque em um carro alugado com placa de Belo Horizonte.
Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25, estavam em um carro branco alugado com placa de Belo Horizonte, estacionaram em frente ao portão do colégio e entraram pela porta da frente, que estava aberta.
"Eles ingressaram na escola, atiraram na coordenadora pedagógica, atiraram numa outra funcionária. Estava na hora do lanche, eles se dirigiram ao pátio, atiraram em mais quatro alunos do ensino médio", disse o coronel Marcelo Salles, comandante-geral da PM.
"Nesse horário, só havia alunos do ensino médio, e [os autores do ataque] dirigiram-se ao centro de línguas. Os alunos do centro de línguas se fecharam na sala com a professora e eles [criminosos] se suicidaram no corredor."
O coronel Salles afirmou que, antes de entrar na escola, os criminosos balearam um homem em um lava-rápido próximo à escola. Ele passa por cirurgia na Santa Casa de Suzano e está em estado gravíssimo.
Mais cedo, a capitão Cibele, da comunicação da PM, um carro da polícia estava a caminho desse comércio, quando passou perto da escola e ouviu gritos dos alunos. "Policiais estavam indo para esse primeiro chamado e ouviram gritos das crianças. Foram então até a escola, onde os dois criminosos acabaram se matando", disse ela.
Arsenal
Dentro da escola, a polícia encontrou um revólver 38, quatro jet luders, que são plástico para recarregamento de arma, uma besta (um tipo de arco e flecha que dispara na horizontal), um arco e flecha tradicional e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Um dos autores do ataque tinha uma espécie de machado na cintura.
Há ainda uma mala com fios. O esquadrão antibombas fi chamado, mas a polícia ainda não informou se havia material explosivo no local.
O coronel Fábio Pelegrini, da Comunicação Social da Polícia Militar, informou que a polícia ainda divulgou se os autores do massacre têm registro de crimes anteriores.
A polícia não tem informações sobre a motivação do crime. "Provavelmente um ato que foi premeditado. Eles entraram na escola equipados, com máscara. A gente não tem ainda essa motivação, não tem a correlação do motivo e do ato feito."
Atendimento a vítimas e famílias
O Corpo de Bombeiros e equipes do Samu estão no local. Bombeiros de Mogi das Cruzes também foram chamados, às 9h50, para apoiar o atendimento. O helicóptero Águia, da PM, sobrevoou a escola. Toda a polícia de Suzano está mobilizada no caso.
A prioridade agora é identificar as vítimas e avisar as famílias, segundo as autoridades.
A Prefeitura de Suzano informou que as equipes da Defesa Civil, do Trânsito, da Segurança Cidadã, da Assistência Social e do Fundo Social de Solidariedade estão dando suporte no local para as famílias.
A Associação Cultural Suzanense, o Bunkyo, localizado na avenida Armando Salles de Oliveira, Centro, será ponto de acolhida para familiares, enquanto aguardam informações, e também para receber a imprensa.