Depois de dois dias de julgamento, o júri popular condenou os quatro réus acusados de matar, em 2005, o radialista Jota Cândido, em Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.
Edilson Soares Rodrigues e Tairone César da Silva foram condenados a 19 anos de prisão. André Luiz de Carvalho, que teria intermediado esse crime, foi condenado a 21 anos. E Jorge José da Silva foi condenado a 14 anos. Todas as penas devem ser cumpridas em regime fechado.
Como a defesa já recorreu em plenário, o advogado do André Luiz, o José Siqueira, afirmou que vai pedir uma habeas corpus. Os homens saíram do tribunal em prisão preventiva, já que a defesa ainda pode recorrer dessa decisão.
Os três ex-policiais Edilson, Tairone e André foram encaminhados ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed) e Jorge José para o Cotel, em Abreu e Lima.
A filha de Jota Cândido, Karol Cândido, disse que se sentia aliviada após 10 anos do crime e cinco adiamentos do julgamento. O promotor do Ministério Público de Pernambuco Roberto Brainer afirmou que a justiça precisa ainda investigar quem são os possíveis mandantes.
Jota Cândido foi assassinado em julho de 2005 com cerca de 20 tiros, em frente à rádio Alternativa FM em que trabalhava.
Como parlamentar, a vítima defendia um projeto contra o nepotismo na prefeitura de Carpina, na Zona da Mata Norte do estado. A justiça investiga a motivação política para o crime.
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