O menino Max Mateus Antônio do Nascimento, de 11 anos, morreu atropelado nas proximidades da estação Joana Bezerra do Metrô do Recife. Segundo parentes da criança, um trem do metrô o atropelou na tarde de sábado (7). Neste domingo (8), o MetroRec, que gerencia os trens no Grande Recife, negou a ocorrência. Já o Instituto de Medicina Legal (IML) confirma que recebeu o corpo de um menino atingido por um trem na tarde de sábado (7), mas não informa a identidade.
Parentes e amigos do menino fizeram um protesto nos trilhos do metrô da Estação Joana Bezerra na tarde deste domingo (8). Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 60 pessoas atearam fogo a pedaços de madeiras e o incêndio se alastrou pelos trilhos. A ação durou 10 minutos, ainda de acordo com a corporação, que foi ao local para controlar as chamas.
O corpo da criança segue no IML do Recife e deverá ser liberado na segunda-feira (9). O MetroRec afirma que nenhum acidente foi reportado e nenhum departamento está ciente do ocorrido. Eles ainda informaram que vão esperar o laudo do IML para tomar providências.
A família de Max mora na comunidade do Coque, bem próximo à linha do trem, na área central do Recife. Cunhado da criança, o barbeiro Wagner Gomes, de 28 anos, estava trabalhando quando recebeu a notícia. Ele é casado com a irmã do menino e afirmou que a criança estava empinando uma pipa no trilho do metrô junto com amigos quando foi atingida.
Segundo Wagner, o acidente aconteceu entre as estações Joana Bezerra e Afogados, no sentido Afogados, na altura da escola municipal. Ele contou que o corpo foi retirado do local por um irmão de Max que tem 16 anos. Ao chegar na Avenida Central, moradores da área ajudaram a levar a criança para o Hospital da Restauração, na área central do Recife.
'Parou, olhou e foi embora'
"Foi coisa de segundos. Ele estava aqui comento biscoito com refrigerante quando pegou a pipa e foi brincar. Minha mãe até falou para ele não sair da frente da nossa casa", relembra Emanuele Coelho, irmã da criança.
O pai do menino, Antônio Joaquim do Nascimento, conta que o maquinista chegou a parar, mas não prestou socorro. "Os amiguinhos que estavam com meu filho ficaram jogando pedras no trem para avisar. Ele parou, olhou e foi embora", relata.
Já a outra irmã, Andressa Carla Coelho, culpa a falta de estrutura dos muros. "Há dois meses uma placa do muro caiu em cima de um rapaz que estava jogando bola. Criança não sabe dos perigos. Meu irmão viu uma abertura e foi", acredita.
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