Vistoria em presídio do curado no Recife recolhe 203 armas brancas e 93 celulares.
A vistoria no Presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), uma das unidades do Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife, durou 7h30 e apreendeu 203 armas brancas, nesta segunda-feira (16). O trabalho usou equipamento de rastreio do Exército para localizar artefatos enterrados no solo, paredes e rede de esgoto nos quatro pavilhões do PFDB. Ainda não há previsão de quando as outras duas prisões do complexo serão vistoriadas.
De acordo com dados repassados pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, ao todo, foram apreendidos 36 facões e 67 facas industriais, 12 facões e 56 facas artesanais, 29 machadinhos artesanais e três machados industriais. Também foram recolhidos 210 litros de cachaça artesanal, 2,5kg de maconha, 2,2kg de cocaína e 396g de crack, 11 tubos de cola artesanal, cinco balanças de precisão, 93 celulares, 14 chips e uma quantidade não contabilizada de carregadores.
A operação começou às 7h30 e terminou às 15h, com ação de 120 agentes penitenciários, policiais da Companhia Independente de Operações Especiais, do Batalhão de Choque e Companhia Independente de Policiamento com Cães. Não houve registro de tumulto. "Nós utilizamos, pela primeira vez, rastreadores de bombas, minas e metais, resultado de um pedido feito pelo governo estadual ao Exército, há cerca de 15 dias. Chegaram 14 malas com esses equipamentos, trazidos de vários estados, e vistoriamos áreas que a gente não conseguia, como chão, parede, área de esgoto dos pavilhões e campo aberto", disse o secretário de Justiça de Direitos Humanos, Pedro Eurico.
A novidade dessa vistoria é que o Exército utilizou 14 detectores de metal, solicitados pelo governador Paulo Câmara, para procurar as armas escondidas. É a primeira vez que está sendo utilizado esse tipo de equipamento para procurar armas. O equipamento detectou, além dos artefatos, outros produtos ilícitos no esgoto e nas paredes. De acordo com a Seres, a Unidade Frei Damião de Bozzano foi escolhida por ter um alto número de conflitos entre os detentos. Aproximadamente, 120 pessoas participaram da operação.
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