Cinco pessoas de uma mesma família presas. Esse foi o principal saldo (até o momento) da Operação Mar Aberto, que investiga praticantes dos crimes de lavagem de dinheiro, crime tributário e organização criminosa. A família Pinteiro, uma das mais ricas do Recife e que costumava aparecer em colunas sociais, foi alvo da ação desta quinta (9). Os envolvidos também são suspeitos de desvio de recursos públicos. A operação foi comandado pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), coordenado pela delegada Sylvana Lelis.
Foram presos o empresário José Pinteiro Neto, dono de um estaleiro e de uma marina; o filho dele, José Pinteiro Filho, conhecido como Jopin, um DJ muito conhecido nas baladas do Recife; Andréa Pinteiro e Victória Pinteiro, mãe e irmã de Jopin; e Aníbal Pinteiro, primo do DJ e envolvido na organização de eventos no Recife. Outro homem, identificado como Mateus Fonseca, também foi preso. Todos farão exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) e serão levados para unidades prisionais.
Além das prisões, os agentes sequestraram uma grande quantidade de itens de valor. Foram 28 carros de luxo (incluindo modelos como Ferrari e Maserati), 15 imóveis e quatro embarcações apreendidas, além de R$ 45 mil, relógios e canetas na casa de José Pinteiro Neto.
Os bens foram sequestrados para devolver parte do prejuízo causado aos cofres públicos. Segundo a polícia, os envolvidos sonegaram mais de R$ 65 milhões e movimentaram mais de R$ 358 milhões nos últimos cinco anos. Diversas contas bancárias dos envolvidos foram bloqueadas pela Justiça.
A empresa investigada na operação é a Ecomariner, estaleiro com mais 20 anos de atuação no segmento de barcos de passeio e um dos maiores do setor do país. O empreendimento compreende 11 empresas é administrado por vários integrantes da família Pinteiro. O grupo também é proprietário de um prédio empresarial no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.
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